Tenho de escrever algo sobre o filme "obrigado por fumar" para uma resenha na matéria "Legislação e processo político". Acredito que tenho de relacionar com as minhas perspectivas à matéria, já que o professor colocou para os alunos a preparação de um texto logo no começo do semestre, enquanto ainda não houve aulas expositivas. Não que eu ache ruim que não tenha aulas expositivas, mas simplesmente não sei quais parâmetros (adequados) e qual sensibilidade ele vai querer de mim. Deixando de lado toda essa baboseira, vamos ao meu primeiro esboço de resenha (sem revisão):
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"Obrigado por fumar" é um filme que conta a história de um lobista americano, financiado pelas indústrias de tabaco, que defende o consumo de cigarros, já que há um fenômeno nos EUA pela cultura do anti-tabagismo. O que tem de mais interessante no filme, condizente com a disciplina, é uma apresentação possível do fenômeno de estabilização de expectativas de uma sociedade, ou seja, uma mudança de normas (jurídicas e/ou sociais).
Um primeiro aspecto se faz pela preocupação dos órgãos legislativos em não serem distantes do pensamento social, do "povo". Há sempre uma preocupação por parte do personagem do Senador em se expor para garantir não apenas a positivação de uma norma anti-tabagista, mas que a eficácia desta norma se faça e que ela seja aceita como válida. O processo legislativo oficial estatal não é capaz de se efetivar simplesmente em contextos interiores ao poder legislativo.
Outro aspecto é que, para a formalização dessas normas jurídicas, necessita-se de uma adesão das expectativas da sociedade. Criar um comando "um maço de cigarros deve ter o nome 'veneno' em seu rótulo" não fará sentido enquanto não se entender quais os bens que a nova norma pretende defender. Assim é preciso dialogar com a sociedade e demonstrar, através de argumentações, que a norma beneficiará.
A argumentação, aliás, é posto como principal forma de construir as ideologias do povo. A persuasão habilita a discussão sobre se uma norma jurídica deve ou não ser válida, a ponto de pôr em questionamento em pensamentos consolidados, em relações de causalidade “cigarro realmente mata?” e até mesmo o que seja liberdade.
Pelo lobista pró-tabagismo ter uma habilidade em articular idéias que mostram que a validação de determinada norma pode ir contra outros princípios ideológicos da sociedade americana, como “liberdade de consumo” ou “individualismo” (self), o conceito de verdade fica duvidoso. Podem ser argumentos falaciosos ou não, mas acaba por desestruturar a idéia de que a norma trará todos os benefícios possíveis. Por fim, a discussão sobre princípios éticos se faz importante. Uma possível imagem que se tem da personagem do lobista é de que “ele é um imoral”, pois age contrário ao que é correto, porém não o vejo dessa maneira; acho que ele realmente acredita que a abertura de discussão é um meio de construir éticas adequadas.
Um primeiro aspecto se faz pela preocupação dos órgãos legislativos em não serem distantes do pensamento social, do "povo". Há sempre uma preocupação por parte do personagem do Senador em se expor para garantir não apenas a positivação de uma norma anti-tabagista, mas que a eficácia desta norma se faça e que ela seja aceita como válida. O processo legislativo oficial estatal não é capaz de se efetivar simplesmente em contextos interiores ao poder legislativo.
Outro aspecto é que, para a formalização dessas normas jurídicas, necessita-se de uma adesão das expectativas da sociedade. Criar um comando "um maço de cigarros deve ter o nome 'veneno' em seu rótulo" não fará sentido enquanto não se entender quais os bens que a nova norma pretende defender. Assim é preciso dialogar com a sociedade e demonstrar, através de argumentações, que a norma beneficiará.
A argumentação, aliás, é posto como principal forma de construir as ideologias do povo. A persuasão habilita a discussão sobre se uma norma jurídica deve ou não ser válida, a ponto de pôr em questionamento em pensamentos consolidados, em relações de causalidade “cigarro realmente mata?” e até mesmo o que seja liberdade.
Pelo lobista pró-tabagismo ter uma habilidade em articular idéias que mostram que a validação de determinada norma pode ir contra outros princípios ideológicos da sociedade americana, como “liberdade de consumo” ou “individualismo” (self), o conceito de verdade fica duvidoso. Podem ser argumentos falaciosos ou não, mas acaba por desestruturar a idéia de que a norma trará todos os benefícios possíveis. Por fim, a discussão sobre princípios éticos se faz importante. Uma possível imagem que se tem da personagem do lobista é de que “ele é um imoral”, pois age contrário ao que é correto, porém não o vejo dessa maneira; acho que ele realmente acredita que a abertura de discussão é um meio de construir éticas adequadas.
